terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Faltam seis dias











                                           Faltam seis dias...

  
    Faltam seis dias para o casamento.
   Existem pessoas que pensam que não vão morrer.
   Surgiram alguns problemas após a festa.
   Ocorreram discussões entre o casal.
   Foram traçadas as metas para o programa.
   Serão divulgadas as fotos do evento.
   Vão começar a aparecer os resultados das vendas.

   O que vemos aí?

   O verbo antes do sujeito, e isso não dispensa a concordância.

   Por que estou tratando disso?

   Porque muita gente usa o verbo no singular nesses casos.

   Então vamos combinar: O verbo sempre concorda com o sujeito, esteja ele onde estiver.

   Por hoje é só!

   Até breve!

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

Mais de um








                                 Mais de um


   Mais de um leva o verbo para o singular.

   Apenas nos dois casos abaixo é possível o plural:

   Mais de um aluno e mais de um professor estavam no pátio.

   Ou seja, quando a expressão mais de um vem repetida.

   Mais de um eleitor se abraçaram no dia da eleição.

   Ou seja, quando o verbo da oração exprime ideia de reciprocidade.

   Observação:

   A expressão mais de um exige singular, então deve-se escrever ou dizer:

   Apesar de ter decorrido mais de um ano, o povo não se conformava com a vitória daquele candidato.

   Bem entendido?

   Por hoje é só.

   Até breve!

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

Estada ou estadia?










                        Estada ou estadia?


   Sempre pensei que estada fosse usada para pessoas e estadia, para navio, carro e outros...
 
   Mas... consultei o Dicionário de questões vernáculas do Napoleão Mendes de Almeida e vejam o que encontrei:
 
   "Pois bem; estada e estadia já procuram acomodar-se ao dilema a que estão sujeitas as palavras divergentes, assumindo cada palavra sua especial significação: estadia diz-se da parada forçada que fazem os navios no porto (Aulete e C.de Figueiredo) e estada aplica-se à parada de outras coisas e de pessoas. Parece, todavia, demais forçada essa discriminação de sentido; pelo menos no Brasil ela não parece vigorar.
   Dos outros exemplos, melhora e melhoria perduram com força igual, moradia parece ir perdendo terreno para morada e tomadia raríssimamente vemos por tomada."
 
   Clareou?
 
   Espero que sim.
 
   Tão bom esclarecer, não é?
 
   Por hoje é só.
 
   Até breve! 

sábado, 6 de dezembro de 2014

"É que"






 

                               
                                     que"

   É nessas horas que se conhecem as pessoas.

   O expletivo "é que" é usado para dar realce a um elemento da oração:

   Os chineses têm dominado o mercado atualmente.

   Os chineses é que têm dominado o mercado atualmente

   O mercado é que os chineses têm dominado atualmente.

   Atualmente é que os chineses têm dominado o mercado.

   Quando se coloca o verbo do expletivo "é que" antes do sujeito ou do objeto direto, o verbo deve concordar com esses termos:

   São os chineses que têm dominado o mercado atualmente.

   É esse mercado que os chineses têm dominado atualmente.

   Mas, quando o expletivo enfatiza outra função sintática, o verbo ser fica invariável, mesmo se colocado antes:

   É nessas horas que se conhecem as pessoas.
   (nessas horas: adjunto adverbial de tempo)

   É de trabalhadores assim que o país precisa.
   (de trabalhadores assim: objeto indireto)

   O emprego de "é que" elimina a vírgula que separa a circunstância que vem antes do sujeito:

   Com o apoio dos professores, os jovens conseguem passar nas provas.
   Com o apoio dos professores é que os jovens conseguem passar nas provas.

   Observação:

   Nas frases negativas é preciso atenção ao emprego de "é que" para se dizer realmente o que se pretende

   Na praia, não faltam vendedores de picolé.
   Na praia, vendedores de picolé é que não faltam.

   Tudo entendido?

   Até breve!

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

MAS, MÁS e MAIS










                         MAS, MÁS e MAIS


   Qual é a diferença entre mas, más e mais?

   Vamos acabar com essa dúvida?

   Acredito que, por causa da pronúncia descuidada de algumas pessoas, foi criada essa dúvida na escrita.

   Muitas pessoas têm me dito que não sabem qual escrever quando devem optar por uma delas.

   Vamos lá?

   Mas - é uma conjunção coordenativa adversativa e serve para ligar dois termos ou duas orações, mostrando oposição, contraste, restrição ou retificação entre eles.

   Assim:

   Roberto ia sair, mas choveu.
   Bonita, mas convencida...

   Mas é sinônimo de: porém, todavia, contudo, entretanto, no entanto.

   Más - é o plural de má, adjetivo, feminino de mau; antônimo de boas.

   Meninas más costumam rir das diferenças alheias.

   Mais - é um advérbio; significa

   1.  Com maior intensidade ou em maior quantidade:

   É preciso estudar mais.

   2. Acompanhado de negação, cessação ou limite de uma ação, estado ou situação:

   Não foi necessário falar mais.

   3. Além disso, também:

   Visite o museu que mais lhe interessa.

   4. De preferência, preferentemente, antes:

   Você precisa mais estudar para saber que para passar no teste.

   5. A maior parte, a maior porção:

   Os professores querem o mais para seus alunos.

   6. O que falta, o restante, o resto:

   Se estudares com afinco, tudo o mais virá com facilidade.

   7. Sinal de adição em matemática (+) e pronome indefinido:

   Cinco mais dois igual a sete.
   Quero mais leite.

   Muita matéria, não? Não é, é só para você saber mais e não trocar mas por más e mais.

   Gostaram da explicação? Ficou claro?

   Por hoje é só.

   Até breve!